Ministério Público investiga site Tudo Sobre Todos

O usuário “MyScripts” vendia créditos no Mercado Livre para usar no Tudo Sobre Todos. Ele estava operando há 7 meses, com 1.413 vendas só nos últimos 4 meses, e se destacava porque “presta um bom atendimento” e “entrega os produtos dentro do prazo”. Sua avaliação era de 96%. Em resposta ao MP, o Mercado Livre diz que esse usuário “foi inabilitado (suspenso de forma definitiva) da plataforma”, e revela seus dados cadastrais — que não foram divulgados publicamente. O Tudo Sobre Todos também permite adquirir créditos através de bitcoins. No entanto, não consta nenhuma transação na carteira de criptomoedas informada pelo site: ou seja, nenhum depósito e nenhuma transferência.

Técnicas de contraterrorismo

O promotor Frederico Meinberg explica que o MP está adotando técnicas de contraterrorismo para conter o Tudo Sobre Todos. Isso significa cortar suas fontes de financiamento (Mercado Livre) e de divulgação (sites de busca). Google, Bing, Yahoo e Baidu/Hao123 foram notificados pela Comissão de Proteção de Dados Pessoais, do MPDFT, para remover o Tudo Sobre Todos de seus resultados de busca. No entanto, o Tecnoblog verificou que ele continua sendo a primeira sugestão nos quatro buscadores. O Tudo Sobre Todos diz que obtém seus dados de “cartórios, decisões judiciais publicadas, diários oficiais, foros, bureaus de informação, redes sociais e consultas em sites públicos na internet”. É possível consultar gratuitamente se você está na base de dados. Para obter informações mais detalhadas, como parentes, vizinhos e redes sociais, é preciso pagar. E antes disso, você terá que fazer um cadastro e informar seu nome, CPF, e-mail e endereço físico — o que não é exatamente recomendável.

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