Raspberry Pi comemora 10 anos; confira todos os modelos lançados até hojeO que é um single board computer?

Essa não é uma mudança que incrementa enormemente as proteções do sistema, mas, quando o assunto é segurança digital, todo cuidado é válido. Então, sim, existe um motivo razoável para essa decisão. O objetivo da Raspberry Pi (como organização) é fazer seus dispositivos serem acessíveis tanto por usuários avançados quanto por leigos. Para facilitar a configuração do sistema para este último público, o Raspberry Pi OS oferece um usuário padrão convenientemente chamado de “pi”. Não parece, mas isso pode ser um problema. Se um número grande de usuários acessa o Raspberry Pi com contas de nome “pi”, um malware ou um ataque massivo pode ser criado para tentar entrar nelas usando força bruta (um número grande de tentativas) para descobrir a respectiva senha — o nome do usuário, a outra informação necessária, já é conhecida. A lógica aqui é parecida com a orientação de mudar o usuário e a senha padrão de um roteador, por exemplo, estratégia que diminui as chances de o dispositivo ser comprometido para capturar dados do usuário, implementar endereços de DNS maliciosos e assim por diante.

Como vai ser a partir agora

O assistente de configuração do Raspberry Pi permite que, na primeira execução do sistema, o usuário informe uma rede sem fio, defina uma conta de usuário, baixe atualizações de software, entre outras ações. Até então, esse recurso era opcional. Com a decisão mais recente, o assistente passará a ser obrigatório, pois, a partir dele, o usuário terá que criar uma conta com nome de login personalizado seguida de uma senha. Os rebeldes de plantão até podem colocar “pi” ou “raspberry” como nome de usuário e o sistema operacional aceitará a conta, mas não sem antes exibir um aviso de que essa não é uma boa ideia. Enquanto a conta não for criada, nenhuma outra ação poderá ser executada — sequer será possível executar algum aplicativo enquanto o assistente de configuração estiver ativo.

E as contas já existentes?

Para quem já tem uma conta “pi” em uso, nada muda, exceto por iniciativa própria: a atualização do Raspberry Pi OS inclui um mecanismo que permite ao usuário renomear a conta. Não é difícil. Basta fazer login com a conta “pi”, abrir um terminal e, na sequência, digitar: sudo rename-user O Raspberry Pi será reinicializado e o assistente de configuração será executado apenas para que o novo nome de usuário seja definido. Esse procedimento altera tanto o login quanto o diretório inicial da conta. Os desenvolvedores do sistema alertam, porém, que alguns códigos podem conter um caminho /home/pi. Nessas circunstâncias, basta alterar o código para o endereço novo ou, em caso de problemas mais sérios, voltar a conta para o nome “pi”. Instruções detalhadas estão disponíveis no site oficial do Raspberry Pi.

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