10 animais super estranhos que moram nas profundezas dos oceanosPeixe transparente bizarro com aspecto de gelatina é encontrado no fundo do mar

O colorido peixe é encontrado na zona mesofótica, explorada por cientistas que mergulham profundamente, entre 40 e 70 metros abaixo do nível do mar, nos corais do Oceano Índico. Os bodiões-de-fada-de-rosa medem cerca de 7 cm, no caso dos machos, e cerca de 5 cm, no caso das fêmeas.

Pesquisando a fundo — do mar

Os recifes mesofóticos estão entre os menos explorados do mundo, já que a região é complicada: não é profunda o suficiente para visitar com submarinos, mas também é funda demais para explorar com equipamentos tradicionais de mergulho, e complexa demais para dragar. As informações são de Yi-Kai Tea, doutor e pesquisador, ao The Guardian. Para visitar os corais profundos, os cientistas usam equipamentos especiais, que recirculam o ar exalado pelos mergulhadores ao invés de mandá-los para cima em forma de bolhas. Controlando a mistura gasosa para eliminar dióxido de carbono excessivo e adicionar mais oxigênio quando necessário, os pesquisadores conseguem estender o mergulho a até 100 metros de profundidade. São necessários diversos cilindros de gás e horas subindo lentamente, para poder descomprimir em segurança. A parte boa são as espécies novas estudadas nas profundidades, como o bodião-de-fada-de-rosa. Os cientistas escolheram o nome finifenmaa por significar “rosa” na língua local Dhivehi, das Maldivas, que também faz referência à flor nacional do país, a rosa cor-de-rosa. Como um dos pesquisadores do Instituto de Pesquisas Marinhas das Maldivas, Ahmed Najeeb, é natural do país, é a primeira vez que um nativo descreve uma espécie também nativa da região. Como outros bodiões, o C. finifenmaa troca de cor e de sexo conforme a idade, ficando cada vez mais colorido. Os machos acentuam ainda mais o seu arco-íris na temporada de acasalamento, provavelmente para impressionar as fêmeas.

Outros bodiões e homenageados

Em 2019, Tea já havia nomeado outra espécie de bodião, descoberto na zona mesofótica da costa de Zanzibar, na Tanzânia. É o bodião-de-fada-de-vibrânio, Cirrhilabrus wakanda, de escamas roxas vívidas, que também muda de sexo ao longo do tempo e adquire cores amareladas na cabeça no processo. O nome é homenagem ao herói fictício Pantera Negra e sua terra natal também fictícia de Wakanda. Além das vestimentas da nação no filme do personagem serem roxas, o país se esconde na obscuridade, como os peixes o fazem. Fonte: ZooKeys via The Guardian