Ômicron BQ.1: nova subvariante da covid provoca primeira morte em SPSpiN-Tec | Vacina nacional da covid-19 começa a ser testada em Minas Gerais

Publicado na revista científica The Lancet Infectious Diseases, o estudo sobre a capacidade dos antianticorpos monoclonais em deter a BQ.1 foi liderado pelos pesquisadores do Centro Alemão de Primatas (DPZ), na Alemanha. Nos experimentos, a nova cepa do coronavírus SARS-CoV-2 foi resistente a todos os anticorpos conhecidos, desenvolvidos a partir das primeiras amostras identificadas do vírus.

Anticorpos monoclonais não inativam a Ômicron BQ.1

“No total, testamos [em laboratório] doze anticorpos individuais, sendo que seis são aprovados para uso clínico na Europa, e quatro coquetéis de anticorpos”, conta Prerna Arora, principal autora do estudo e pesquisadora do DPZ, em comunicado. Por outro lado, o mesmo estudo descobriu que a cepa BA.5 — ainda predominante em inúmeros países, como o Brasil — pode ser eliminada por pelo menos um anticorpo monoclonal e dois coquetéis de anticorpos.

Como tratar pacientes imunossuprimidos com a BQ.1?

Mesmo que os testes tenham sido realizados in vitro — e a experiência com a BQ.1 no mundo real possa ser diferente —, a descoberta é um sinal de alerta. Isso porque os anticorpos monoclonais são normalmente usados por pessoas que têm alto de risco de desenvolver formas graves da infecção, como idosos e imunossuprimidos. Pensando nos casos da Ômicron BQ.1, os pacientes com alterações no sistema imunológico “devem considerar a administração de outros medicamentos, como paxlovid ou molnupiravir”, aconselha Markus Hoffmann, que é também um dos autores do estudo. Em paralelo, novas versões dos anticorpos devem ser desenvolvidas. Fonte: The Lancet Infectious Diseases e DPZ