No entanto, desde que Satya Nadella assumiu o cargo de CEO, a Microsoft mudou de rumo. Em 2016, ela passou a fazer parte da Linux Foundation. E Jim Zemlin, diretor-executivo da fundação, quer deixar isso bem claro. Por muito tempo, Zemlin criticou a Microsoft por travar uma guerra silenciosa contra o Linux, usando patentes que a empresa alegava serem relacionadas ao kernel. Mas ele reconhece que a empresa evoluiu desde então. “Esta é uma boa notícia para o mundo do código aberto, e devemos celebrar a iniciativa inteligente da Microsoft”, diz ele sobre a aquisição. A empresa “tem os recursos e a experiência para melhorar o GitHub. Ela vai colocar Nat Friedman como CEO, alguém que eu conheço há anos e que é respeitado há décadas na comunidade de código aberto”. O diretor-executivo lembra que a Microsoft se tornou um dos principais contribuintes para o Linux e Kubernetes; desenvolve e distribui produtos baseados em Linux; abriu o código do .NET; e apoia a Apache Software Foundation e a Open Source Initiative. Além disso, Zemlin aponta que “dois dos projetos da Linux Foundation que estão crescendo mais rápido, Kubernetes e Node.js, são desenvolvidos no GitHub”. Nenhum desses projetos irá para as mãos da Microsoft após a aquisição; “eu conferi isso três vezes com nossos advogados”. Basicamente, comprar o GitHub não significa comprar seus 70 milhões de projetos open-source. “Os tempos mudaram e é hora de reconhecer que todos crescemos — a indústria, a comunidade de código aberto, até mesmo eu”, diz Zemlin. Para reforçar a mensagem, Nat Friedman — futuro CEO do GitHub — participou de uma sessão de perguntas e respostas no Reddit. No geral, ele promete que nada vai mudar. Usuários perguntaram se haveria alguma integração com o Bing, Skype ou Office. Friedman nega: “não estamos comprando o GitHub para transformá-lo na Microsoft”. O máximo que vai acontecer é uma “integração total” com o Visual Studio Team Services. Inclusive, ele promete que o Atom continuará a ser desenvolvido. Trata-se de um editor de texto voltado para programadores, assim como o Visual Studio Code. Friedman sabe que os usuários não ficariam felizes em serem forçados a mudar de ferramenta. E quanto à migração de alguns projetos para o concorrente GitLab? O executivo diz: “admito que fiquei triste ao ver que alguns se sentiram compelidos a exportar seu código. Eu levo a sério a responsabilidade de ganhar sua confiança”. Ele continua: “dito isso, a equipe do GitHub relata que o conjunto de usuários que migraram ou fecharam suas contas é extremamente pequeno, e isso é mais do que compensado pelo aumento de novos inscritos”. Friedman é ex-CEO da Xamarin, que implementou o framework .NET entre diferentes plataformas, boa parte em código aberto. Ela foi adquirida pela Microsoft em 2016. Sua empresa anterior, Ximian, desenvolvia programas para Linux na plataforma GNOME. Com informações: The Verge, Ars Technica.

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