Os números dizem respeito ao último ano fiscal da companhia, encerrado no final de março. No quarto trimestre desse período, a Lenovo obteve receita de US$ 10,6 bilhões, superando as expectativas, que eram de US$ 9,8 bilhões. Considerando todo o ano fiscal, a receita foi de US$ 45,3 bilhões, um aumento de 5% em relação ao período anterior. Mesmo assim, a empresa encerrou o ano fiscal com prejuízo de US$ 189 milhões. Apesar de o último trimestre ter sido bastante favorável para a Lenovo, há a desconfiança de que a companhia não irá manter esse ritmo. 2018 tende a ser um ano nebuloso, portanto. Mas o que está dando errado? Os problemas começaram em 2014, depois que a Lenovo comprou a Motorola Mobility do Google. Parecia que a companhia iria se firmar no segmento de dispositivos móveis, mas até hoje a Lenovo não conseguiu fazer a integração das duas marcas dar certo.

Uma série de fatores influenciaram nisso, entre eles, a decisão de simplificar a marca Motorola para Moto (já revertida), certa “bagunça” na quantidade de aparelhos lançados nos últimos meses e falta de um smartphone realmente capaz de fazer frente aos topos de linha de companhias como Samsung e Xiaomi. A situação é mais confortável no segmento de PCs, mas não muito: embora tenha conseguido registrar vendas significativas, a Lenovo viu o seu posto de líder desse mercado ser tomado pela HP no ano passado. É verdade que o desempenho tem sido ótimo nas vendas de servidores, mas esse segmento apenas ameniza a situação das outras áreas. Entre outras medidas, a companhia promete reagir dando mais atenção a mercados mais promissores para dispositivos móveis, como América Latina e Estados Unidos. Mas a Lenovo sinaliza que nenhuma grande melhora deve ser notada antes de 2019. Com informações: Bloomberg.

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