Como funciona a inteligência artificial5 exemplos de inteligência artificial no dia a dia

Trata-se de um estudo realizado por cientistas e pesquisadores que apresentaram seus achados em uma conferência sobre o controle de armas biológicas. Um artigo também foi publicado neste mês de março na revista científica Nature Machine Intelligence. Os autores da pesquisa reprogramaram a metodologia de uma IA voltada ao desenvolvimento de drogas úteis para a farmacologia, colocando-a para fazer justamente o oposto. Seria uma simulação do que, sob intenções hostis, a humanidade poderia realizar se assim quisesse. O resultado é verdadeiramente assustador. Em apenas seis horas de processamento, a IA reprogramada conseguiu desenvolver virtualmente cerca de 40 mil moléculas tóxicas. Algumas delas, inclusive, se aproximaram ou até superaram a periculosidade do chamado VX, considerado o agente nervoso mais potente já criado como arma química.

IA poderia ser usada para guerra química

A princípio, nem mesmo os pesquisadores tinham ideia da grandiosidade de seu achado. O estudo só foi realizado após um convite da conferência de Convergência do Instituto Federal Suíço de Proteção Nuclear, Biológica e Química. A ideia da reunião é informar a comunidade em geral sobre novos desenvolvimentos com ferramentas que podem ter implicações para a Convenção de Armas Químicas e Biológicas. Em entrevista ao The Verge, Fabio Urbina, o principal autor do artigo e também cientista sênior da Collaborations Pharmaceuticals, afirmou que eles pretendiam falar sobre aprendizado de máquina e como essa tecnologia pode ser mal usada nessa área. Ele explicou que, para isso, inverteram o tradicional método da IA que evitava a criação de qualquer componente potencialmente tóxico para outro que buscava justamente isso. O pesquisador complementou, dizendo que o resultado foi verdadeiramente preocupante porque o próprio VX já é letal em baixíssimas quantidades. No entanto, a recente tecnologia de IA usada na pesquisa revelou que podemos criar coisas ainda piores, e com muita facilidade. “Para mim, a maior preocupação foi o quão fácil é fazer isso. Muitas das coisas que usamos estão disponíveis gratuitamente. Você pode baixar um conjunto de dados de toxicidade de qualquer lugar”, disse o cientista. Urbina diz que, mesmo diante de tudo encontrado, não quer gerar pânico. Na realidade, a publicação da pesquisa foi pensada como um aviso à comunidade científica sobre os potenciais usos perigosos da inteligência artificial e do aprendizado de máquina na química. Com informações: The Verge

Intelig ncia artificial sugere 40 mil armas qu micas em seis horas   Tecnoblog - 66Intelig ncia artificial sugere 40 mil armas qu micas em seis horas   Tecnoblog - 60