O comunicado está relacionado ao Manifest V3. Caso não esteja a par, a atualização é discutida desde 2019, quando o documento veio a público pela primeira vez. Naquela época, já havia quem discordasse do sucessor do Manifest V2 devido à alteração na política por trás das extensões para bloquear anúncios. A história voltou à tona em 2020. Na época, o Google deu a vida ao Google Chrome 88 já com os primeiros vestígios do Manifest V3. De novo, a preocupação veio à tona: sob a justificativa de levar mais privacidade e segurança aos usuários, falou-se novamente sobre a restrição de regras que as extensões poderiam aplicar em páginas da web. Mas a implementação começou a ganhar forma neste ano.

Google Chrome vai limitar ad blockers em breve

Em fevereiro, a Chrome Web Store adotou a mudança ao deixar de aceitar extensões baseadas no padrão Manifest V2. Agora, o gerente de produto do Google, David Li, divulgou os próximos passos para a implementação do Manifest V3. Confira o cronograma do repositório a seguir:

Janeiro de 2023: o Manifest V3 vai virar um pré-requisito para ganhar o emblema “Em destaque”;Junho de 2023: a loja vai deixar de listar as extensões baseadas no Manifest V2;Janeiro de 2024: todos as extensões baseadas no Manifest V2 serão removidas da loja.

A companhia também revelou os próximos passos do navegador. “A partir de janeiro no Chrome 112, o Chrome poderá realizar experimentos para desativar o suporte para extensões do Manifest V2 nos canais Canary, Dev e Beta”, afirmaram. “A partir de junho no Chrome 115, o Chrome poderá realizar experimentos para desativar o suporte para extensões do Manifest V2 em todos os canais, incluindo o canal estável.” Ou seja, se você é desenvolvedor, é melhor se preparar.

Atualização gera polêmica entre usuários

O Google não poupa esmeros ao destacar os diferenciais do Manifest V3. Na publicação desta quarta-feira (28), Li observa que o novo padrão vai oferecer aos usuários mais segurança e tranquilidade ao instalar extensões. O executivo ainda fala sobre transparência e um controle aprimorado de permissões. De fato, segurança nunca é demais. O problema é que a atualização vai restringir um tipo de extensão que, para algumas pessoas, é essencial: os bloqueadores de anúncios. E, como foi mencionado mais acima, a alteração já começou a chamar a atenção do público em 2019 justamente por este motivo. A limitação parte de uma mudança na API do Manifest V2: a WebRequest. Através dela, extensões para bloquear anúncios conseguem interceptar solicitações de páginas web para evitar a inserção de cookies no navegador ou o carregamento de arquivos de mídia. Assim, os sites não conseguem carregar as campanhas publicitárias no computador dos usuários. Este API, porém, será deixada de lado. No lugar, o Chrome vai utilizar a declarativeNetRequest, que exige que a extensão informe ao Chrome uma lista de regras para ser analisada, para que o navegador decida o que será bloqueado. A nova interface também limita o número de regras a serem evitadas. Resumindo: a atuação dos bloqueadores de anúncios será limitada com a nova API. Com informações: ArsTechnica, Engadget e Google

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