Para que a coleta seja feita, o usuário deve conceder as permissões necessárias no Android. Mas nem todo mundo percebia o que estava fazendo, porque a tela era disfarçada de um recurso para “encontrar seus amigos mais facilmente”. O problema só veio à tona em março, quando usuários que baixaram seus dados do Facebook perceberam que nomes, números de telefone e durações de chamadas vieram junto.

Em comunicado, o Facebook diz que “revisou o recurso para confirmar que não coleta o conteúdo das mensagens de texto e vai deletar todos os registros mais antigos que um ano”. No futuro, segundo a rede social, o aplicativo “só enviará para os nossos servidores as informações necessárias para oferecer o recurso, não dados mais abrangentes, como o horário das chamadas”. Vale lembrar que a coleta dos históricos de chamadas e SMS só era possível no Android. No iOS, a liberação do acesso a esses dados é concedida pela própria Apple apenas para aplicativos específicos, como os que bloqueiam spam. O aplicativo do Facebook não tinha essa permissão. A postura do Facebook em reduzir a coleta de dados chega em meio ao escândalo Cambridge Analytica, que afetou mais pessoas do que se imaginava inicialmente: 87 milhões (incluindo 443 mil no Brasil), não 50 milhões. As alterações na API do Facebook que libera dados de usuários a aplicativos de terceiros foram profundas, e até deixaram o Tinder sem funcionar.

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