Como Livraria Cultura e Saraiva mergulharam em uma crise profundaComo usar o Kindle [Guia Completo]

O documento é assinado pela JVS Assessoria Empresarial e faz parte da nova proposta para os credores, apresentada na última terça-feira (14) e disponibilizada no site de relações com investidores da livraria. O trabalho “não é garantia de concretização” nem deve ser usado como recomendação para os credores ou investidores, observa a consultoria, que também alerta que as projeções podem sofrer alterações e mudar de acordo com fatores externos. As estimativas se estendem até 2048, ano em que as dívidas atuais devem ser totalmente quitadas, de acordo com a proposta da companhia. A JVS considera que o plano de recuperação judicial da Saraiva é economicamente viável.

Retomada das receitas

Para 2021, a projeção é que a Saraiva tenha R$ 114,9 milhões em dinheiro recebido de vendas. Já no ano que vem, essa cifra pode alcançar R$ 207,8 milhões, nos cálculos da consultoria — um crescimento de 80%, portanto.  A projeção otimista parece se basear no fato de que a receita da empresa caiu 55% entre 2020 e 2021. Os 80% a mais em 2022, aliás, não seriam suficientes nem para levar a cifra de volta a esse patamar. As projeções de crescimento receita para os anos seguintes também são altas, provavelmente pensando na continuidade dessa retomada: 43% em 2023 e acima dos 10% para todos os anos até 2026. A partir de 2033, a estimativa é de um crescimento anual estável por volta dos 3%.

Novas lojas físicas

Uma das medidas mais drásticas da Saraiva nos últimos anos foi fechar parte considerável das suas redes de lojas físicas. Em 2017, a livraria chegou a ter 112 espaços de venda. Em 2020, a rede foi reduzida a apenas 37.  Um ponto curioso do laudo de viabilidade é a abertura de novas lojas: seriam mais seis pontos de venda já em 2022, chegando a 43. Em 2026, a estimativa é que haja 83. A partir daí, a projeção indica esse número como constante.

Saraiva quer pagar credores com ações

A companhia pretendia vender seu e-commerce ou suas lojas físicas e levantar no mínimo R$ 90 milhões, mas não encontrou interessados.  Por isso, a livraria oferece agora suas próprias ações para quitar os débitos de quem optar por receber agora (com deságio de 80%) o valor devido. A outra opção é um pagamento escalonado, começando em 2026, quando 0,1% da dívida será paga, e crescendo gradualmente até 2048, ano em que os 32,5% restantes devem ser quitados. A Saraiva declarou que o total dos valores em aberto chega a R$ 675 milhões. Com informações: PublishNews

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