A notícia partiu do canal do próprio fundador.  Nesta terça-feira (6), Durov informou que o Premium ultrapassou a marca de um milhão de assinantes. Para ele, o modelo é “um dos exemplos de maior sucesso de um plano de assinatura de redes sociais já lançado”.  Segundo Durov, a monetização ajudará a pagar os servidores, tráfego e salários do mensageiro. “Enquanto alguns outros aplicativos consideram seus usuários uma ferramenta para maximizar a receita, consideramos a receita uma ferramenta para maximizar o valor para nossos usuários”, alfinetou. O primeiro milhão chegou rápido. Afinal, a novidade foi oficializada em 10 de junho por chefe do mensageiro. Em seguida, o serviço foi lançado no dia 19 do mesmo mês e, agora, em 6 de dezembro, tem mais de um milhão de assinantes. Mesmo assim, a ideia não contagiou muitos usuários.

Telegram Premium corresponde a 0,14% dos usuários

A campanha com mensalidades que vão de R$ 12,49 a R$ 24,90 está, de fato, ajudando e pode proporcionar novidades. Mas o Telegram Premium abocanhou uma faixa muito pequena de adesões, ao considerar o universo de 700 milhões de usuários anunciado em junho.  Ou seja, o número de assinantes corresponde a 0,14% dos usuários ativos. Mesmo assim, todo dinheiro ajuda – e Durov deixou claro que que o Telegram está “em um caminho estável rumo à sustentabilidade financeira”.  Especialmente ao considerar que o Telegram Premium oferece recursos que utilizam bastante processamento, como a ferramenta para transcrever mensagens de voz.  Os assinantes também têm direito a downloads mais rápidos, forçando ainda mais o tráfego da plataforma.

O Twitter Blue terá o mesmo desempenho?

Sucesso ou não, o Telegram oferece uma abordagem interessante. Além do Premium, que libera ferramentas exclusivas, Durov lembra que os anúncios do mensageiro não utilizam dados pessoais para segmentação. Toda essa estratégia está alinhada a um dos pontos-chave do mensageiro: a privacidade. Contudo, esta não é a única rede social a trilhar o caminho das assinaturas para aumentar a receita. O Twitter participa dessa lista. Desde que Elon Musk assumiu, a empresa apostou muitas das suas fichas no Twitter Blue, um modelo que segue a mesma ideia: oferecer recursos especiais para quem paga por isso. Você ganha até um selo de verificação do caos ao contratar o serviço. E é aí que entra toda a história: Elon Musk disse em 9 de novembro que o Twitter Blue precisava de “alguns ajustes”, mas que, “de modo geral”, estava “indo bem”.  Mas não é o que parece. Em 11 de novembro, o New York Times observou que o serviço contava com 140 mil assinantes. Enquanto isso, o Twitter tinha cerca de 240 milhões de usuários ativos no segundo trimestre de 2022. Resumindo: 140 mil adesões corresponde a 0,05% dos usuários do Twitter.  No segundo trimestre, o público pagante também não compôs uma fatia muito grande do caixa da empresa.  Ao todo, a companhia recebeu apenas US$ 101 milhões com assinaturas e outros serviços. Enquanto isso, a receita a partir de anúncios foi de US$ 1,08 bilhão. Enquanto isso, Musk espera que metade da receita do Twitter seja formada por assinaturas. Mas aí fica uma pergunta: isto é possível? Aliás, em 2021, apenas 2% dos usuários do YouTube assinaram o Premium. E olha que a oferta é para lá de necessária para ter alguma paz de espírito ao assistir vídeos.

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