Sementes germinam em experimento na estação espacial chinesa TiangongChineses vão cultivar arroz em sua estação espacial

O arroz é parte importante da alimentação em diversos países do mundo e pesquisadores da China estão explorando novas possibilidades para produzi-lo. Durante os três meses que a espaçonave Shenzhou-12 ficou no espaço em 2021, seus tripulantes fizeram uma série de experimentos de reprodução espacial das sementes. A técnica aproveita as condições do espaço para criar mutações genéticas que podem ser positivas para as plantas. De volta à Terra, cientistas avaliam as mutações, escolhendo aquelas que podem gerar maiores colheitas, menor tempo de crescimento ou resistência a doenças. As selecionadas são reproduzidas e plantadas para testes práticos, como o que aconteceu em Wuhan, na província de Hubei, em junho deste ano. Em 20 hectares de terra, 150 quilos de sementes do “arroz espacial” foram plantados e geraram ótimos resultados. Segundo Gao Xuegang, presidente da companhia Hubei Jinguang Agricultural Technology, “o arroz demonstrou forte resistência a seca, pestes e doenças”. Essa não foi a primeira vez que a China realizou estes testes. Outra colheita em novembro do ano passado já havia produzido um arroz “de fragrância mais doce e textura mais macia, sendo que todo o processo foi feito sem pesticidas ou fertilizantes. Além disso, outras espécies, como o milho, também estão sendo testadas. O arroz vem sendo produzido em conjunto com agricultores das províncias de Jiangxi, Guizhou, Hunan e Shandong. Espera-se chegar a 7 toneladas de arroz por hectare plantado este ano, em total de 333 hectares. Parte da produção será destinada a mais estudos de reprodução espacial das sementes, enquanto outra parte já vai ao mercado. O arroz será vendido como um produto premium, custando 200 yuan (cerca de R$140) por quilo. Fonte: Space Daily