Com mais de 450 milhões de usuários em seu país de origem, a Didi ficou mundialmente conhecida em agosto de 2016, quando comprou as operações do Uber na China. Desde então, a companhia tem intensificado seus investimentos em empresas do ramo para marcar presença em outros países. Entre elas estão a indiana Ola e a Careem, do Oriente Médio. Em 2015, a companhia havia investido US$ 100 milhões na Lyft, principal rival do Uber nos Estados Unidos. A relação com a 99 também começou com investimentos. Em janeiro de 2017, a Didi anunciou um acordo para injetar US$ 100 milhões na startup brasileira. Oportunamente, ambas as empresas passaram a trabalhar juntas em tecnologia, desenvolvimento de mercado e gerenciamento operacional. Apesar de a 99 não ser muito conhecida lá fora, o negócio chamou atenção da mídia internacional porque representa o passo mais ousado da Didi em território estrangeiro. Trata-se da primeira aquisição completa da companhia fora do seu país de origem, indicando que, para a Didi, já não basta mais só ter fatias em operações já existentes. Com a aquisição da 99, a Didi ganha forças para expandir a sua presença na América do Sul. O momento é propício porque a região ainda não é tão disputada no segmento de transportes por aplicativo quanto os principais países da Ásia, por exemplo. Ainda que o valor do negócio não tenha sido relevado, certamente ele foi alto, pois inclui a aquisição de fatias que fundos como Riverwood Capital, Monashees e SoftBank têm na 99 — Lauro Jardim, no O Globo, fala em um total de US$ 960 milhões; já o New York Times cita algo em torno de US$ 600 milhões mais investimentos para expansão.

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