O que é blockchain: indo além do bitcoin O usuário — cliente pessoa física — pode ver a quantia exata de dinheiro que chegará ao destino antes de fazer uma transferência. Ela será efetuada no máximo até o dia seguinte; em sistemas tradicionais, isso pode levar vários dias. Isso é possível graças ao blockchain. Ele usa como base um ledger distribuído, ou seja, um sistema que registra as transações e que é compartilhado por toda a rede — no caso, os escritórios do Santander no Brasil e no Reino Unido. Essas transações precisam ser verificadas por todos os participantes, evitando fraudes. O Santander está usando aqui a tecnologia de blockchain criada pela Ripple. No entanto, o banco não usa o token XRP para transferir fundos entre países. O app One Pay FX está disponível inicialmente no Reino Unido, apenas para iOS. É possível transferir até £10.000 por dia, e não há taxas de transação para o envio. A autorização é feita via Touch ID ou, no caso do iPhone X, via Face ID. É preciso ter um cartão de débito do Santander registrado no Apple Pay.

Clientes no Reino Unido podem transferir euros para 21 países da Europa, e dólares para os EUA. Na Espanha, será possível enviar fundos para Reino Unido (apenas libras) e EUA (apenas dólares). Enquanto isso, Brasil e Polônia ficam restritos a transferências de libras para o Reino Unido. O Santander diz que planeja expandir o serviço para mais países e mais moedas nos próximos meses. Além disso, o tempo para as transferências vai diminuir — elas vão acontecer de forma quase instantânea. Ana Botín, presidente-executiva do Santander, diz ao Financial Times que o projeto levou dois anos para ser desenvolvido. Ela ficou mais interessada depois de ver o filho usando um serviço rival para transferir dinheiro mais rapidamente para a Espanha. O Santander quer competir com fintechs especializadas em transferir dinheiro entre países, como a TransferWise, que cobra tarifas mais baixas que bancos tradicionais. No Brasil, outros bancos já aplicam a tecnologia blockchain. Ela é usada no Itaú na área de derivativos; e o BNDES vai testá-la em parceria com um banco alemão. Com informações: Santander, Financial Times, Quartz.

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